Os pés representam a nossa base de sustentação. É em sua planta que todo o nosso peso deve ser distribuído. Já podemos imaginar, portanto, que eles trabalham muito e por todo o tempo que estamos em pé ou nos movimentando.
Os diabéticos têm muitos sintomas nos pés. Estes são tão frequentes que existe uma situação clínica determinada Pé Diabético. As alterações dos nervos dos pés e pernas, conhecidas como neuropatia, e da circulação arterial, alteram tanto a estrutura quanto o funcionamento dos pés. Muitos referem sintomas muito desagradáveis como queimação, percepção de pés frios, formigamentos, entre outros. Estes sintomas são causados por degenerações dos nervos periféricos, causadas pelos níveis elevados de glicose, e são chamados de parestesias.
O que é a Fascite Plantar?
Hoje, queremos falar sobre outras situações que causam dor ou desconforto nos pés, interferem no dia a dia e levam muitos pacientes aos consultórios. A fascite plantar é uma destas.
A fascite plantar é na verdade um envelope de tecido conjuntivo que contém a musculatura da planta do pé. Ela se inicia no calcanhar e se estende por toda a planta do pé. No dia a dia, ela pode ser sobrecarregada. Isto gera dor que pode se iniciar e se restringir ao calcanhar ou se distribuir pela planta do pé. A dor é percebida quando nos levantamos e tocamos o chão com os pés, principalmente quando nos levantamos de manhã. Também aparece quando iniciamos algum movimento depois de ficarmos muito tempo parados. Pode ser pior ao andarmos descalços ou subirmos escadas. Cerca de 1 em cada dez pessoas terão fascite plantar em seus diversos graus.
Causas e Fatores de Risco
- excesso de peso,
- pessoas com os pés planos ou muito arqueados, uso de sapatos planos – como rasteirinhas ou sandálias do estilo Havaianas,
- atividades de impacto sem calçado adequado,
- pouca flexibilidade e mobilidade da musculatura e tendões das pernas
- fraqueza da musculatura da panturrilha e mesmo dos pés.
A fascite pode estar associada à formação ou à presença de esporão calcâneo, uma protuberância óssea que se forma na região do calcanhar
Tratamento
A nossa primeira resposta à dor é nos adaptar. Assim que percebemos algum desconforto, a nossa primeira atitude é mudar a forma como andamos e pisamos. Isto porém pode gerar um desequilíbrio ainda maior na distribuição do peso e papel de cada músculo ao andarmos. Por fim, podemos sobrecarregar outras articulações e, além de não resolver a dor da fascite, termos novas dores ou lesões.
O tratamento clínico, que se baseia em cuidados, alterações e hábitos e exercícios, apresenta boa resposta na maioria das pessoas. A melhora, porém, é lenta: de semanas a meses. Ainda mais nos pacientes com sintomas há mais tempo ou nos atletas. De forma geral, seguem algumas regras:
- usar sapatos confortáveis, com um pequeno salto na região do calcanhar
- os calçados devem promover bom suporte ao arco do pé e amortecimento adequado na região do calcanhar
- revezar os sapatos que usamos no dia a dia.
Além disso, temos que observar e respeitar a durabilidade dos tênis de esporte, principalmente os de corrida.
- realizar exercícios que melhoram a força, flexibilidade e mobilidade da musculatura dos pés, tornozelos e pernas.
- controle do peso, de forma a aliviar os pés, as pernas e as articulações.
- aquecer antes do início de alguma atividade e alongar a planta e a perna antes e após.
- alternas exercícios de impacto, como corrida com outras atividades.
o uso de bolsa de gelo após atividades de maior impacto e ou no final do dia pode ajudar.